
Ritual do banho
Banho: um ato repetido diariamente para limpar a pele e desfazer o cansaço. Na ducha ou na banheira, cada pessoa adota um ritual próprio, ao som da água (fria ou quente) caindo e das gotas escorrendo pela pele, molhando o corpo da cabeça aos pés.
Valcinir Bedin, dermatologista e diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele (Iptcp), esclarece que a principal função do banho é a higiene, mas o ato faz parte de um processo de tratamento do corpo. “A palavra SPA quer dizer Salute Per Aqum, ou saúde pela água”, explica.
Temperatura ideal
De acordo com o especialista, a água quente ou morna proporciona relaxamento muscular, mas não é boa para a pele e para os cabelos. Neste caso, a água fria é a mais indicada, pois não retira a proteção natural do manto hidro-lipídico. “O ideal é que a água esteja o mais fria possível (ao redor dos 23º C) e não por muito tempo. No corpo cinco minutos são suficientes e nos cabelos três”, aconselha Bedin.
“Apesar de vivermos num país tropical e do banho fazer muito bem para o espírito, não se deve tomar mais de um por dia. O ideal é que seja o mais rápido possível e com água fria”, explica. Banhar-se na banheira não deve ser um ato diário, enaltece Bedin. A água não pode estar muito quente e a permanência não deve ultrapassar dez minutos.
No livro Banhos, Histórias e Rituais, de Renata Ashcar e Roberta Faria, as autoras destacam que os banhos de temperaturas alternadas – jato quente no chuveiro por cerca de três minutos com duchas frias de apenas alguns segundos - melhoram a circulação, tonificam a pele e energizam.
O dermatologista Bedin não aconselha o uso de buchas e esponjas, devido à agressão que a pele pode sofrer. “Quanto mais agredida a pele for, mais ela vai reagir. Lixar a planta do pé, por exemplo, nem pensar. A esfoliação deve ser natural, quando muito com produtos bem suaves, senão haverá um efeito rebote, onde podemos ter até uma piora do quadro”, orienta. “A freqüência deve ser no máximo quinzenal e com produtos como sílica ou micro grãos de polietileno”, completa o médico.
Aguce os sentidos no banho
Há estudos sobre aromaterapia que provam que certos odores são mais calmantes ou mais estimulantes e podem ser utilizados durante o banho, para aguçar os sentidos. Isso é possível com o uso de sabonetes perfumados ou de óleos essenciais, cujo conteúdo aromático é extraído das plantas por pressão ou por outros processos e, depois, diluído em óleo.
O livro explica que os óleos essenciais são intensamente perfumados, tornam o banho mais agradável e, conforme a combinação escolhida, podem ser mais relaxantes ou estimulantes. È recomendado diluí-los em água ou em óleos chamados de carreadores, como os de semente de uva, jojoba e gérmen de trigo. A ação dos óleos essenciais pode durar cerca de oito horas e a pele deve ser enxugada suavemente.
Confira alguns dos óleos essenciais e suas indicações. Podem ser usados sozinhos ou combinados:
Relaxantes: camomila romana, cedro, violeta, lavanda, manjerona, mirra, rosa, etc.;
Estimulantes: alecrim, bergamota, eucalipto, capim-limão, menta e zimbro, entre outros;
Antiestressantes: baunilha, gerânio, manjericão, olíbano, patchuli, etc
(Texto do site Unilever)